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Autor:
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Serge Toubiana
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Editora:
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Cosac e Naify
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Páginas: | 256 | | Ano: | 2004 | | ISBN: | 8575033662 | |
Amos Gitai colocou o Estado de Israel no mapa das cinematografias mundiais com Kadosh - Laços Sagrados (1999) e outros longas-metragens de ficção, como O Dia do Perdão (Kippur, 2000), Kedma (2002), Alila (2003) e A Terra Prometida (2004). Antes disso, porém, o cineasta nascido em Haifa, em 1950, já assinara mais duas dezenas de títulos, sobretudo documentários, que representam, nem mais nem menos, o nascimento da linguagem cinematográfica de seu jovem país. A partir de 1972, em Israel, e logo depois, durante seus anos de formação como arquiteto, na Costa Oeste dos Estados Unidos, Gitai visita, em formatos cinematográficos experimentais, aspectos da cultura e da sociedade israelenses e do judaísmo norte-americano. A partir de 1979, o cineasta "sai a campo" para acompanhar de perto os dilemas gerados pela incorporação israelense de territórios palestinos, numa autêntica renovação do formato cinema-reportagem. Mais tarde, para realizar seus filmes ficcionais, estabelece profícuas alianças com produtores europeus, em especial da França.
Em 2004, em São Paulo, o Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado sedia uma exposição de obras de Gitai idealizadas a partir de imagens (stills) de seus filmes. A mostra tem apoio do Centro Georges Pompidou, de Paris, que organizou a exposição original em 2003. Ao mesmo tempo, uma retrospectiva cinematográfica integral é dedicada ao diretor pela 28ª Mostra BR de Cinema - Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Revela-se assim ao público brasileiro um impressionante conjunto de realizações, aclamadas tanto pela crítica internacional como por importantes festivais de cinema. Aliando com inédita liberdade os discursos ficcional e documentário, Gitai desafia padrões estéticos consagrados e interesses políticos majoritários. Sua recorrência à forma do plano-seqüência filia seus filmes às obras do russo Andrei Tarkovski (1932-86) e do iraniano Abbas Kiarostami (1940- ), bem como ao tratamento psicológico multifacetado do diretor norte-americano John Cassavetes (1929-89).
Este volume incorpora um livro projetado pelo próprio Gitai para sua mostra fotográfica do Centro Pompidou - Percursos -, capaz de gerar por si só uma nova conceitualização de sua obra cinematográfica. Esta edição se oferece, ao mesmo tempo, como subsídio fundamental para a compreensão do cinema de Gitai, por meio de extensa entrevista com o diretor e de análises pontuais de seus filmes por Serge Toubiana, consagrado crítico francês da fase áurea dos Cahiers du cinema. Coadjuvado por Baptiste Piégay nos textos aqui reunidos sob o título "Exílios e territórios", Toubiana eleva à condição de documentos políticos descrições fidedignas e amorosas de filmes como House (1980), Diário de campanha (1980) e a trilogia "Wadi" (1981-2001), entre outros. (Sinopse: 2001 Vídeo)
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